Ganhe super poderes Com engenhocas...
Que atire a primeira pedra quem nunca desejou voar pelos céus, atravessar paredes, ler mentes ou salvar uma dama em perigo usando alguns poderes extraordinários. O sonho de se tornar um super-herói da vida real é mais comum do que você imagina, mesmo que no fundo todos nós saibamos que as coisas não são tão simples como a ficção tenta nos mostrar há anos. Ninguém ganha superpoderes ao ser picado por uma aranha, assim como ninguém (até agora) nasceu com demasiada força ou resistência física fora do normal. Há quem afirme ter o dom da clarividência, mas nada realmente muito confiável e concreto. Por outro lado, os avanços tecnológicos mostram que um dia poderemos aumentar nossas capacidades naturais e, consequentemente, ganharmos alguns poderes até então inimagináveis. Um bom exemplo disso é o conceito batizado como wearable technology, ou “tecnologia vestível”. O termo, que abrange qualquer tipo de invenção tecnológica que possa ser trajada por um indivíduo, tem usufruído de certa popularidade nos últimos tempos com a chegada de gadgets como o Google Glass. É preciso notar, contudo, que esse conceito é bem mais antigo e vai muito além dos óculos inteligentes desenvolvidos pela gigante das buscas. Separamos abaixo algumas invenções na área de wearable technology capazes de aprimorar as características humanas e criar um verdadeiro “super-herói” da vida real. A maioria dos itens listados ainda está em fase de testes ou desenvolvimento, mas impressionam pela criatividade e pelo potencial de alterar a vida de qualquer indivíduo. Confira!
Não é exagero considerar o Homem de Ferro um dos super-heróis mais aclamados da atualidade. Nós podemos estar um pouco distantes de inventar um exoesqueleto tão complexo e mortal quanto o utilizado pelo Tony Stark, mas o X1 pode servir como um excelente ponto de partida. Produzido pela NASA, trata-se de um “robô vestível” de apenas 26 kg que pode ser usado tanto para auxiliar quanto para inibir o movimento de seu usuário. O invento foi projetado para ajudar astronautas em seus exercícios físicos e missões de longa duração, mas também pode ser utilizado para terapias com deficientes incapazes de ser movimentar. De acordo com a NASA – que está trabalhando em conjunto com diversas universidades norte-americanas e organizações especializadas –, o exoesqueleto ainda está em fase de pesquisa e desenvolvimento primário.
Desenvolvido pelo estadunidense Victor Mateevitsi, o SpiderSense é uma tentativa de recriar o “sentido-aranha”, espécie de sexto sentido dominado pelo clássico personagem Peter Parker (Homem-Aranha). O projeto resume-se a um conjunto de sensores (sonares e infravermelhos) capazes de escanear todo o cenário ao redor do usuário, detectando interferências e objetos de qualquer tipo. O pesquisador (junto com seus colegas da Universidade de Illinois, em Chicago) afirma que a tecnologia pode ser de grande valia para deficientes visuais e auditivos, permitindo a eles localizar itens ao seu redor e aumentar sua interatividade com o ambiente. O mais interessante é que o SpiderSense está sendo desenvolvido como um equipamento de baixo custo: a ideia é criar um modelo que possa ser fabricado por no máximo US$ 500, o que ajudaria a baratear uma eventual versão comercial do invento. Agora só falta descobrir uma maneira de atirar teias pelo pulso.
Você sabe o que é o carboneto de boro? Trata-se de um dos materiais mais resistentes que o homem já foi capaz de descobrir. Ele é comumente utilizado para revestir couraça de tanques militares e reatores nucleares, mas alguns cientistas norte-americanos estão descobrindo outras aplicações bastante interessantes para a substância. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Carolina do Sul conseguiram criar nanofios elásticos de algodão reforçados com carboneto de boro, permitindo a fabricação de camisetas extremamente resistentes e com a mesma leveza das roupas que utilizamos em nosso cotidiano. Mas os cientistas universitários não foram os primeiros a tecer fios com o material mais duro do mundo. Esse pódio foi conquistado pela NASA, que demonstrou sua técnica em 2009 e iniciou pesquisas com o intuito de revestir naves espaciais com uma fibra mais leve.